Sonhadora. Assim que se definiu Paola, com seus 13 anos de idade. Foi numa maçante aula de religião, em que a professora obrigou os alunos a se descreverem com dois adjetivos (o primeiro seria positivo, enquanto o segundo seria negativo), que a menina anunciou essa sua condição humana.
Se seria o defeito ou a qualidade, ela nunca soube. Os colegas admitiram com estranhamento, entendendo como dote. A professora, vendo a discrepância da resposta com o resto da turma, deixou a menina se pronunciar uma única vez.
A sonhadora acumulava em seus olhos a tristeza de saber que tudo aquilo não passava de um sonho. Uma fantasia. Seus desejos eram automaticamente convertidos em impossibilidades. Não conseguia entender o propósito de alcançar algo palpável. Tudo era uma mera utopia. Cresceu sabendo da ilusão do viver. E isso lhe seria útil na formação de seu verniz social - sua casca de proteção, sua muralha de sentimentos - sempre reforçado duramente com um sorriso no rosto.
domingo, 15 de junho de 2008
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Um comentário:
Todos temos sonhos, é o que nos move, o que nos impulsiona a termos ou sermos algo melhor.
Viva a sua realidade, da maneira que lhe apraz, e não como nos impõe as normas do cotidiano.
Particularmente vivo alheio a opiniões e modos da maioria das pessoas, e pouco me importa se sou aceito ou não, pois sei o que sou e onde quero chegar, se vou obter êxito ou não é uma outra história, e só depende de mim.
Agora, longe de mim ser o dono da verdade.
Me fizeste refletir, e muito.
Bjos!!!
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