sexta-feira, 24 de julho de 2009

Despejo II

Como gelo seco, que queima de um frio incessante. Que arde feito chama rígida de sentidos estáticos. Meus sentidos estáticos denunciam o mundo, fora de mim, como uma câmera de gás que queima o mundo que morre frio, duro feito pedra. Sendo carne venço-me em sentidos não decifráveis. E como cifra, traduzo o que sinto em palavras tão vagas e tão julgáveis. Assim, abro espaço para as temíveis criticas de cabeças ocas como a minha. Despejo então essa lava endurecida para esvaziar-me de mim. Aqueço ao saber que meu rastro está traçado em vão e percebo a invalidez da vida. Como em programas de adolescentes, finjo ser grande e madura. Como fruto preste a apodrecer ao lado dos tantos outros que caiu feito pedra, duro, frio. Minha câmera frigorífica me impede de cair, então vivo imatura e verde, feito e.t. Meus códigos já se venderam para um mundo que inventei. Eu mesmo quem fiz a troca, em que fui o prejuízo. Ao despejar combino as palavras em tons legíveis para qualquer outrem ler. E ao ler, me perco em lembranças inventadas e terceirizo-me, como couro e carne. Fui consumida por tantos outros que não conheço e exibo o couro estampado. Cansei.

Passou.

3 comentários:

¨¨¨¨Dri...... disse...

Oi Mari! Tudo belezinha?!
hehe adoro expressões em latim, ingles, italiano, tudo q não é portugues hahahah

Muito bonito seu blog...posso dizer que ele é aconchegante!

Posso te perguntar como vc colocou esse contador de visitas?

See ya!

¨¨¨¨Dri...... disse...

Mari, agora que parei pra ler direito o post! Uau, tem q estar bem concentrada pra ler e entender né?
Embora seja sempre difícil a gnt entender o q as pessoas quiseram dizer bem lá no fundo....

É isso!

beojos!

Mário Augusto disse...

Olá,Mari!
Tudo bem?
Resolvi dar uma passada no seu blog...
Você está escrevendo incrivelmente bem! Tem um estilo bastante denso!
Sensacional!


Beijo,